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sexta-feira, 30 de julho de 2010

AMARRAS DO CIÚME...


Quem nunca sentiu ciúmes? De alguém ou de alguma coisa? Que sentimento mesquinho e egoísta é esse que nos toma de assalto e nos joga por vezes no limbo do ridículo? Poderoso sim, porque parece desnortear nossos pensamentos mais tenebrosos e ocultos... Nos faz revelar sem que possamos nos conter, nosso lado mais obscuro e sádico, a ponto de algumas pessoas se tornarem homicidas perigosos por culpa desse sentir absolutamente descontrolado.

Mas sentir ciúmes não deve servir de trampolim para loucuras homicidas, ou para que se atente contra a vida e honra de alguém. Nada justifica qualquer tipo de atitude insana. As pessoas usam a força do ciúme para controlar a vida das pessoas, pelas quais se dizem "apaixonadas", e se declaram de tal forma alucinada que perdem qualquer senso de ridículo ou de razão. E em nome do tal ciúme cometem as maiores atrocidades, as maiores maldades, coisas sem razão, sem sentido...

Podemos sentir ciúmes sim, mas não podemos tornar esse sentimento algo tão doloroso que nos faça querer punir a pessoa a qual direcionamos esse modo de sentir. Sentir ciúmes não pode ser algo tão descontrolado, que transforme uma relação afetiva em algo infernal, cercado de medos, desconfianças e do fantasma da traição. Porque o veneno mortal do ciúme deturpa tudo, quando alucinados não sabemos como controlá-lo, não sabemos como digeri-lo. O sentimento do ciúme nos põe à prova em todos os sentidos. Na nossa capacidade de aceitação, da medida do quanto realmente gostamos de alguém, de quanto amamos a nós mesmos ou o quanto somos equilibrados para saber administrar não só oque sentimos, mas a individualidade do ser supostamente amado.

É natural se sentir ciúmes, mesmo quando não somos muito adeptos, como eu, desse tipo de comportamento sentimental. Mas alguma coisa sempre nos espeta o peito, quando algo ou alguém que é alvo do nosso afeto, passa a ser cobiçado de alguma forma por outra pessoa. Quando nos roubam uma idéia, quando usam um objeto que nos pertence ou quando cobrem de exagerado afeto e atenção uma pessoa que gostamos. É complicado adminstrar esse tipo de coisa. Por mais racional que pareçamos ser, algo quase sempre nos foge ao controle e nos torna primitivos ao ponto de não assimilarmos aquilo que vemos de forma natural e aceitável. Nos colocamos numa posição de defensores de algo que achamos ter a posse e que na verdade nada mais é que um sentimento de insegurança camuflado. Algo que mal conseguimos controlar em nosso âmago. Mas quando esse sentimento estrapola tudo que é normal e aceitável, quando nos faz destilar veneno, aí sim o ciúme pode ser perigoso.

Sentir ciúmes é normal, transformá-lo em algo raivoso e descontrolado é extremamente perigoso. Seja para quem sente o ciúme ou para quem é vítima desse ciúme descontrolado. Devemos por isso pensar e repensar bem sobre oque temos sentido, em realção a quem gostamos, para que saibamos controlar o ciúme e não deixar que ele se torne algo mortal ou que nos torne duros e raivosos sem razão de ser.

Querendo ou não o ciúme sempre nos atinge de alguma forma, mesmo quando dizemos não senti-lo. Algo nele sempre nos toca, nos comove e caso tenhamos o relativo controle nos rouba a razão e o juízo. Já o ciúme sadio, aquece a relação, aumenta a vontade das pessoas estarem juntas e das pessoas cuidarem mais daquilo que possuem.

Que tenhamos o equilíbrio para diferenciar o ciúme do sentimento de posse, pois não devemos nos sentir e nem nos tornamos donos das coisas e das pessoas, mas sim parte delas, para que o sentimento flua sem os fantasmas e os medos do ciúme excessivo.

A força do amor sempre é maior que qualquer raso sentimento de ciúme. Lembro um trecho de uma canção do Caetano Veloso...

"O ciúme lançou sua flecha preta
E se viu ferido justo na garganta
Que nem alegre, nem triste, nem poeta
Entre Petrolina e Juazeiro, canta..."



Beijos e abraços enfeitiçados.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

ALGUMAS PALAVRAS SOBRE O AMOR...


Poderosa essa palavra chamada Amor, que tentamos visualizar, entender, interferir, manipular, mas que foge ao nosso controle e capacidade de um entendimento mais profundo. Diga lá então quem entende ou consegue explicar a força do Amor? Quem pode dizer quantas ramificações esse sentimento tem, que pode ser entendido ou interpretado de várias formas e modos, jeitos e tamanhos... Qual intenso é esse sentir, que ao mesmo tempo que nos enlouquece, nos enche de esperança e alegria, de uma euforia incontida, nos dando forças renovadas para seguir na luta ou nos deixa frágeis como crianças recém nascidas...

Ah, o Amor dos poetas, o Amor dos compositores, o Amor dos romancistas, o Amor dos que sofrem, o Amor dos que sonham...

O Amor está em todas as coisas e de formas indefinidas no coração de cada pessoa, em suas mentes, roubando seus pensamentos. Alguns dizem até matar ou morrer por amor, mas nada de dramas, pois amar não se coaduna com atitudes ou gestos drásticos, pois o Amor em si já é um drama, uma comédia, algo intraduzível ou tão claro, tão nítido que demoramos a crer que seja o Amor.

Porque criamos o Amor como se um monstro fosse, mas o Amor nada mais é que um somatório de todos os nossos sentimentos, muitos dos quais, ocultos nas cavernas sombrias do coração... Podemos até não acreditar nisso, mas o Amor está em todas as coisas que fazemos, sentimos, ou que buscamos entender nessa vida. O Amor é algo tão poderosamente independente que pode se mostrar a nós com outra face, o Ódio.

E porque será que buscamos tanto esse tão louco quanto incompreendido sentimento? Porque insistimos em amar, mesmo sabendo do quanto podemos sofrer, ou o quanto pode ser doloroso se entregar de corpo e alma a esse sentir?

O Amor é algo único, um sentimento que agrupa outros sentimentos. Mas é soberano no seu modo de ser e se fazer sentir. Não precisamos, no entanto, ter medo de dizer que amamos alguém. E pouco importa que conheçamos esse alguém a pouco ou há muito tempo, dizer que se ama alguém supera o tempo, supera a distância ou qualquer diferença, porque o Amor em si se basta, tal sua soberania.

Mas é inevitável que o sentimento de amar também termine, pois o Amor quando sentido, está ligado, ramificado a outros tantos sentimentos, a razão, ao estar bem ao lado de quem se vive ou convive. O Amor está diretamente ligado ao senso de cumplicidade, de troca, de compartilhar o tempo, o espaço e nossos mais íntimos sentimentos. Quando esse Amor termina, certamente algumas dessas ramificações se desligaram ou algo que faça essa ligação, e mantenha acesa essa chama, venha a ter perdido sua força e sentido. Aí vem o desamor...

Mas desamar, não quer dizer destruir o Amor, porque ele prossegue, e irá sempre prosseguir, incólume diante das devastações e sobreviver, por ser ele Amor algo que está acima da própria razão ou da sabedoria dos sábios.

Vivamos, pôs, o Amor em sua plenitude, sem ter o medo de que um dia ele venha a terminar ou mudar de abraços, de olhares, de corpos, de bocas e beijos...

E parodiando o velho em bom Vinícius de Morais: "que o Amor seja enterno enquanto dure..."

Simplesmente Amem!



Beijos e abraços enfeitiçados.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

MANIPULADORES DA FÉ...


É crescente a presença entre nós, pobres mortais, desses manipuladores da fé alheia. Pessoas que manipulam ao bel prazer a fé das pessoas, que estão em busca de alento para suas agruras e sofrimentos... E agem de forma cruelmente pensada, orquestrada de modo a manter sob controle, como marionetes, dezenas, centenas ou milhares de incautos, que só querem uma palavra, um gesto que apaziguem seus corações... Mas esses manipuladoras da fé sabem exatamente onde atingir esses seres humanos tão necessitados de um alento, de uma palavra amiga, ou até mesmo de um falso gesto de carinho. Sabe, seja de forma doce ou mesmo de forma dura, aos gritos e brados, incutir na mente dessas pessoas aquilo que elas nem mesmo tem certeza que querem ter ou receber. Transformam Deus ou Jesus num espetáculo, a Bíblia na única verdade e suas palavras nas palavras de um pseudo criador, que jamais quis impor às suas criaturas oque deve ser ou não ser feito, jogando na lixeira a lei maior chamada de Livre Arbítrio. São ditadores da evangelização, que ditam coisas inexistentes até mesmo na Bíblia, ultrapassando os limites da fé e da razão. Cercando, comprimindo e castrando toda e qualquer tentativa de uma outra compreensão da fé que não seja aquela imposta por esses novos sábios e sacerdotes. Uma espécie de lavagem cerebral, que anula toda e qualquer possibilidade do livre pensamento, da dúvida ou de discordar daquilo que é dito e firmado como sendo o certo, mesmo destoando de tudo aquilo que se acredita que seja a verdadeira fé.

Mas porque as pessoas se deixam levar por esses manipuladores da fé? Muitas podem ser as razões, os motivos que levam as pessoas a seguirem cegamente esse tipo de liderança tão em voga em no mundo e principalmente em nosso país, tão carente de líderes integros e pessoas com postura e honestidade. Creio que as pessoas em geral querem ouvir uma verdade diferente daquela que ouvem no dia a dia e acreditar que é possível, dentro dessas doutrinas, alcançar a felicidade plena e a salvação junto a Deus.

Sabemos muito bem que nada acontece desse modo, pois não há fé sem equilíbrio, e a fé é algo tão pessoal que deveria ser proibido por lei, alguém querer impor sua fé a outrem. Manipulando as palavras, manipulando as escrituras sagradas, sejam de que religião forem ou querendo impor sua fé na base do terror, do medo, do castigo, mexendo com os conceitos e preconceitos mais secretos dos seres humanos.

Cabe a nós, pessoas mais esclarecidas, alertar às pessoas para que não se deixem levar por essas manipulações, que a fé seja algo pessoal e instransferível, que a vida nos ensina muito mais do que as ditas escrituras, e que temos direito à liberdade religiosa e de para onde queremos ou desejamos direcionar nossa fé... Que as pessoas sejam mais fortes nesse ponto, e não tenham medo de contestar coisas ditas por supostos detentores da palavra de Deus ou de gurus que nada sabem além de usar da fé alheia em proveito próprio.

Que a fé seja livre como a palavra, o pensamento, que as pessoas possam escolher que caminho seguir e que não deixem que a fé imposta disvirtuem seus conceitos, ou que turvem sua visão para uma verdade cada vez mais clara e inevitável e tão palpável que possamos senti-la num toque...

Que os manipuladores da fé alheia se encontrem ao final dessa jornada terrena com seus algozes, que lhes cobrarão centavo por centavo, todo mal causado aos corações e mentes dessa gente que quer apenas encontrar o caminho limpo e verdadeiro da felicidade...

Fé é aquilo em que acreditamos, quando essa crença parte de dentro de nós para fora e se espelha em nossas atitudes, comportamento e palavras...

Que assim seja. E há de ser.



Beijos e abraços enfeitiçados

domingo, 25 de julho de 2010

ESTAR COM QUEM SE GOSTA...


Todos sabemos o quanto é importante estar reunido, próximo, junto das pessoas que gostamos, que amamos, que admiramos ou que simplesmente nos fazem bem... Mesmo que permaneçam caladas sem nada dizer, mas que com sua presença já nos trazem aquela conhecida paz. Mas como disse, estar com quem se gosta é algo que deveria ser o normal, o natural para as nossas vidas, todos nós deveríamos conviver apenas com quem gostamos, mas felizmente ou infelizmente não é assim, porque temos como obrigação saber lhe dar com todos os tipos de pessoas, inclusive com quem não temos tanta afinidades. Estar com quem se gosta é o básico de tudo nessa vida, se relacionar, dividir coisas, idéias, palavras, sonhos e metas, confiar em quem nos relacionamos é fundamental para um bom relacionamento. Ter perto de nós as pessoas que gostamos, com quem temos afinidades ou pensamentos parecidos, nos dá a tranquilidade da convivência, a firmeza de um relacionamento seguro, sem os medos ou os sustos da traição ou das posturas contraditórias. Temos e devemos conviver com todas as pessoas, mas é inegável que as pessoas que mais gostamos nos trazem o prazer maravilhoso da convivência, da troca leal, da sinceridade, quando podemos rir sem a vergonha de mostrar os dentes e nos sentimos seguros para demonstrar nosso afeto e fazer aquela troca que todo bom relacionamento permite e nos leva a ter. Estar com quem gostamos é o fundamental para sermos pessoas melhores e mais felizes e para fazermos a vida do outro também melhor e feliz...
Estar com quem se gosta nos abre um vasto horizonte de e possibilidades múltiplas de nos relacionarmos com coisas e pessoas boas, que nos fazem sorrir, que nos trazem luz, paz, esperança num dia melhor...
Por isso, busquemos estar com quem se gosta, com familiares, amigos, amores e todos aqueles que nos trazem a certeza de que nem tudo está perdido e que podemos ser melhores e mais felizes, desde que saibamos fazer aquela troca, fundamental, de sentimentos e emoções...

Estar com quem se gosta é a base para se ser estar bem com o mundo e consigo mesmo.



Beijos e abraços enfeitiçados.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

DO DESTINO...


Fala-se do destino como se fosse um ser maligno que faz tudo por si, sem que nada o controle. Quando alguma coisa inesperada ocorre, seja boa ou ruim, dizemos ser coisa do destino. Mas eu particularmente tenho outra visão desse nosso inusitado desconhecido. Cercado de todo seu mistério e segredo. Acredito que hajam dois destinos. Um que vem com a gente desde a nossa concepção e outro que traçamos por nossa conta e risco, paralelo a este destino já traçado, que invariavelmente se cruzam, tornando-se por muitas vezes um só. Esse cruzamento pode vir a ser ou não prejudicial a nossa passagem por esse mundo, modificando de modo significativo toda uma vida... O destino traçado traz desde nosso nascimento, crescimento, vida e morte, e o destino traçado por nós mesmos direciona para que lado levaremos nossa vida, se para o bem ou para o mal, se de forma positiva ou negativa, se para a prosperidade ou para a miséria, se para a glória ou para a ruína. Cada passo dado nesse destino traçado por nós dá a devida dimensão do que podemos ser nessa vida. Tanto homem quanto mulher, na forma como vislumbramos a vida, de que forma a tratamos e a conduzimos rumo ao futuro e ao seu desfecho final.

O destino que nos traz a esse mundo, coloca ao nosso redor as condições que temos para viver e sobreviver, e oque teremos que fazer para superar nossos problemas e limitações. Coloca ao nosso redor pais, irmãos, amigos, amores, que poderão lapidar a nossa formação e a pessoa que seremos do momento que nascemos em diante, cabendo, claro a nós mesmos, o modo como conduzir, manter ou modificar essa vida. Os destinos se cruzam nesse ponto, entre como e onde nascemos e oque a partir desse nascimento queremos e podemos fazer por nossa própria vida...

Como não sabemos oque nos aguarda no futuro, muitas vezes conduzimos nosso destino pelo pior caminho, um caminho repleto de obstáculos, muitas vezes criados por nós mesmos, ou ainda por nossa impossibilidade de modificá-lo, já que nos imobilizamos em função de algo que jamais poderemos ter ou alcançar.

Destinos se cruzam, o destino pronto pré-estabelecido e o destino aberto às nossas iniciativas, que podem vir a ser apenas um forte e seguro, cheio de alternativas maravilhosas ou se tornar um caos, repleto de perdas e desilusões.

Temos sempre a chance de modificar nosso destino, quando tomamos as rédeas e o direciomos com responsabilidade e critério, sem abrir mãos das aventuras, das emoções e até mesmo dos riscos, mas sem esquecer, que todo destino tem seu fim e sua finalidade. Um fim nessa vida, para um recomeço numa outra vida, na qual o destino, paladino dos mistérios, nos acompanhará com a mesma forma e capricho.

Não podemos saber oque o destino nos reserva, mas podemos fazer com que nosso futuro nos traga bons frutos, sabendo como conduzir nossas vidas, com responsabilidade, justiça, equilíbrio, sabedoria e amor... Árdua tarefa, rs.


Beijos e abraços enfeitiçados.

terça-feira, 20 de julho de 2010

DIA DO AMIGO...


Interessante o valor da amizade, coisa que não se mede em percentual, mas em qualidade... Quem realmente dá o valor que a amizade merece? Acho que mal sabemos o tamanho e o peso de uma amizade, alguns poucos o conhecem, mas a maioria mal tem noção disso. Com um amigo ao lado, nunca estaremos sozinhos, e não é preciso que esse amigo seja uma figura permanente ao nosso lado, no dia a dia, mas sim basta que lembre de nós, não só nos momentos difíceis, mas também e principalmente nos momentos tranquilos... Naqueles que queremos compartilhar tudo de bom com nosso amigo
Mas hoje é o dia do amigo, embora eu ache que todo dia é dia do amigo, o amigo faz seu dia ser lembrado, fazendo o que ele sabe, ser amigo. Se permitir a essa amizade e permitir também que os outros possam usufruir dessa amizade.
Há os amigos de infância, aqueles que trazemos junto de nós como se de nossa família fosse, ou aquele amigo que surge num momentos inesperado, e que com carinho e caráter vai esculpindo o valioso diamante bruto da amizade.
Ser amigo é estar presente, mesmo quando ausente...
É ter a palavra de alívio, quando alívio em nada se encontra...
É acompanhar o silêncio do amigo num momento de dor...
É lembrar do seu aniversário, mesmo que o amigo só ligue nessa data uma vez por ano...
É saber ouvir...
É saber quando falar...
É abraçar com os braços da alma...
É estar sempre disponível...
É nunca dar as costas...
É nunca trair...
É trazer um sorriso, quando o outro esqueceu de sorrir...
Ser amigo é saber oque o outro pensa com um olhar...
E com esse mesmo olhar, transmitir oque se pensa...
É não mentir
É não sumir
É não esquecer
É nunca negar...
Ser amigo é aquele que está sempre pronto...
Sem estar.
Àquele que tem um grande amigo, mesmo àquele que tenha um bom amigo ou ainda àquele que conheceu agora seu amigo, que aproveite esse momento tão raro quanto único... Por que há amigos que nem sempre o são, ou nunca foram, que passam deixando dor, mágoa e desconfiança... Mas há aquele que marcar pela honestidade e presença... Ah esses devemos entregar nossa amizade, com a força do amor que toda amizade tem.

Hoje, O Dia do Amigo, que sejamos mais amigos de nós mesmos, para sermos merecedores da amizade de alguém... Porque o Amor e a Amizade são irmãos siameses...

E viva a amizade, salve o dia do amigo!



Beijos e abraços enfeitiçados do amigo, Feitticeiro.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

DO BEIJO...


Ah, como é doce o poder do beijo...
Que seja ele na face, que seja ele um selinho...
Mas beijar é sempre bom, tanto dar quanto receber.
Beijar nos enobrece, e quebra qualquer restrição, censura ou timidez
O beijo nos aproxima, se não nos tornamos íntimos, nos tornamos conhecidos
O beijo quebra todo gelo, o beijo dá a partida para qualquer relação
Ah, como é doce o poder do beijo...
Como é bom beijar com fúria, com desejo, com a vontade dos que tem sede, sede de beijo.
Ah, como é bom ser beijado, sentir aquela boca, quente e suave buscando a sua, e quando cola nada mais descola, num entregar profundo, sem limite... Só vontade.
Ah, como é doce o poder do beijo...
Se entregar ao beijo sem medo, sem receios ou pudores
Ah como é doce o poder do beijo...
Sentir o beijo do filho, o beijo da mãe, o beijo do amigo...
Sentir o beijo de quem se ama ou de quem se deseja... E tudo se consuma!
No prazer único de se sentir beijado, ou de se fazer beijar...
Ah, como é doce o poder do beijo
Que abala as estruturas... Que dá asas as criaturas... Que tudo modifica...
Ou que tudo faz permanecer como está...
O beijo cura e mata
O beijo cria sonhos
O beijo amplia os desejos e nos traz possibilidade quase sem fim...
O beijo tudo toca
O beijo ondas provoca
O beijo é o começo ou o fim
Ah, como é doce o poder do beijo...
Que possamos beijar a quem amamos e desejar que esse momento, nunca tenha fim...

Ah, como é doce o poder do beijo...
Ah como é doce se entregar a esse poder.




Beijos e abraços enfeitiçados.

sábado, 17 de julho de 2010

O SONO DA INFÂNCIA...


Vendo minha filha dormindo o sono da pureza e da paz, o sono de quem nada teme, de quem nada deve, fico a lembrar quando também tinha um sono assim. Dormia cedo, com a tranquilidade de quem tem um mundo a conhecer, mas sem pressa de conhecer esse mundo. E dormia assim, como hoje vejo minha filha dormir, à sono solto... Um sono leve, bom, sem pesadelos, com sonhos coloridos, com pessoas e coisas boas, que com o tempo vim a perder... Quando era menino, sonhava que podia voar, pelos céus a fora... Livre como um pássaro, e nesse vôo atravessava a cidade, com suas luzes lá embaixo, atravessava montanhas, mares... E retornava com a mesma velocidade... E acordava alegre como dormi. Hoje sinto isso vendo o sono profundo de minha filhota. Que dorme segura, em paz, sem sobressaltos comuns a nós adultos, já com nossas mentes contaminadas de problemas, das lutas diárias, do trabalho, das pessoas e de tantas outras coisas que fazem parte do nosso cotidiano... Que poluem e invadem nosso sono e nos roubam a possibilidade de ter um sono restaurador, sadio e suave. Hoje preservo o sono de minha filha e hipótese alguma deixo que o interrompam, pois hoje ela vive a plenitude de sua pré-adolescência, cheia de energia, de paixão e de sonhos bons... Eu como mais velho, me obrigo a absorver tudo que for negativo, ruim ou mesmo desnecessário, para que ela repouse tranquila, segura e feliz.
Agora eu tenho que reaprender a dar valor ao meu sono, já tão dilacerado, pelas noites mal dormidas e pelas noites não dormidas. Para que eu reencontre em meu centro, aquele menino que dormia cedo, ouvindo canções de ninar que mamãe cantava, e eu se deixava embalar pelas historinhas cheias de magia e luz que se misturavam aos meus sonhos mais doces.
Durmo pouco, durmo tarde, acordo cedo... E não reparei, até hoje, o quanto tenho perdido com isso. Mas observando o sono gostoso de minha Lu, cheguei à conclusão que preciso rever meus conceitos sobre o sono, e tentar ser de novo aquele menino... Aquele menino que dormia cedo, feliz e sonhava que voava alto por sobre as luzes da cidade...

Que o sono me venha, e nos braços de Morfeu eu recupere parte de minha infância há tanto perdida...

Bom sono à todos!


Beijos e abraços enfeitiçados.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

OLHE NOS OLHOS...


Fala-se há muito, que os olhos são os espelhos da alma, e nós espíritas sabemos bem disso, pois através dos olhos de alguém podemos distinguir muitas coisas, detalhes de uma vida, coisas recentemente passadas, sonhos perdidos, amores, paixões... Mas os olhos refletem muito mais do que imaginamos, além de suas cores, azul, verde, castanho, preto e etc... Refletem todo sentir e sentimento, toda a força e toda a fúria que cada um traz dentro de si. Com o tempo venho adquirindo essa capacidade de ler nos olhos das pessoas, mensagens até entrão cifradas, codificadas no íntimo de cada um. Mas que se revelam no brilho dos olhos, num jeito especial de se olhar... Quando converso com alguém, gosto de olhar dentro dos olhos, não na busca de uma suposta verdade, não, mas sim para sentir oque o outro sente a cada palavra, pois os olhos traduzem o real mais profundo, são claro, óbvios e cristalinos e não conseguem ocultas nem os mais inescrupulosos pensamentos...
Os olhos são assim nossa parte mais transparente, deixam à mostra cada sentimento por mais superficial que ele seja, todo rancor, ódio, simpatia, dúvida, tristeza, paixão, poesia...
Os olhos podemos dizer são realmente o reflexo mais material que temos de nossas almas, de nosso espírito, de tudo aquilo que trazemos dentro de nós e pensamos estar oculto. Protegido por uma caparapaça imaginária... Ledo engano.
Aqueles que falam olhando nos olhos, não querem, ao contrário do que se possa parecer, descobrir algo no olhar de seu interlocutor, pelo contrário, deseja, profundamente que seu interlocutor detecte em seu olhar o brilho do seu interesse, pelo assunto conversado e mesmo pela própria pessoa... Mesmo um sutil desejo...
Essa a razão dos olhos nos olhos... do encarar sem provocação... Da busca de um olhar em outro olhar...
Os olhos nos permitem ver quase tudo, e com a ajuda de lentes poderosas podemos ver as estrelas no Universo, ou seres minúsculos. Mas podemos enchergar a força de um ato, a alegria de um sorriso, o desejo de um outro olhar... Os olhos nos permitem ver seres invisíveis, forças que fogem à nossa compreensão...
Olhos nos permitem ver muito mais do que imaginamos, mesmo os olhos daqueles que cegos, nada veem... Mas que tudo sentem... Pois se permitem a isso.
Num olhar distiguimos coisas, situações, sensações, emoções que nem supunhamos existir.
Os olhos não são só espelhos da alma... Nos olhos trazemos nossas vidas passadas, nossa vida presente e até mesmo oque iremos viver no futuro... Refletem tudo que fomos, somos ou iremos ser... Sem que possamos evitar essa poderosa revelação.

Por isso, olhe nos olhos quando falar com alguém, e se esse alguém é o ser amado, olhe mais profundamente, não no interesse de descobrir algo desse alguém, mas para que esse alguém perceba o quanto é grande o seu sentimento...

Olhe nos olhos do seu filho ou filha, olhe nos olhos do seu amigo, olhe nos olhos de seu amor... E quando estiver em frente ao espelho, olhe nos seus próprios olhos e revele todo seu sentimento e toda sua verdade.

Olhe sempre nos olhos... Sem medo do que vai ver e nem do que você pode revelar...
Olhe sempre nos olhos... Sempre.



Beijos e abraços enfeitiçados.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O VENTO FRIO...


Ouço o assobio do vento nas frestas da janela dessa casa que não é minha...
O som do vento me remete a lembranças de uma recente infância
Nem tanto perdida, quando eu à noite com medo, no cobertor me escondia.
Tinha medo de um monstro que à noite, viria com o vento pra me pegar.
E o vento cantava, uivando na noite escura e fria, de mais um dia de inverno.
Como essas noites que hoje vivo, e me faz recordar da infância
Não tenho os medos de outrora, quando minha mãe me acodia à beira da cama
Hoje tenho outros medos, mas minha mãe não pode mais me acodir...
Essa é uma das barras de ser adultos... Temos que nos acodir dos nossos próprios medos, dos pesadelos noturnos... Do monstro que vem no sopro do vento...
Mas o vento que ventava na minha infância aparentemente não é o mesmo de hoje, quando adulto sou, parece ter envelhecido como eu...
O vento frio que sopra lá fora, ora furioso, ora sinistro... me remete à lembranças de um menino, que era mais temente e mais crédulo às lendas do que o homem de hoje. Mas também era mais feliz, sem a carapaça que o amadurecimento nos invoca ter...
Mesmo quando tenho meus medos, não os revelo de chofre, não os deixo à mostra e nem me fragilizo diante deles, não por ser mais forte que o menino que eu fora, mas por não dar o braço a torcer...
O vento continua a soprar frio... Penetrante em seu uivo assombroso, entre as frestas da janela, entre as folhas das amendoeiras... Levando e trazendo perdidas lembranças, coisas de um menino feliz... Que tinha mais sonhos que pesadelos, e um divertido medo da noite.
E o vento frio empurra as lembranças, noite adentro... Impenetrável noite fria, onde as folhagens rangem, os gatos miam no cio e os cães ladram para os fantasmas...
E aqui nesse inverno de 2010, penso em coisas e pessoas que se foram, levadas ao sopro do vento frio... Como passos que ecoam na calçada madrugada a fora, ou vozes perdidas no eco da noite...
Ou aqueles estranhos gemidos do casal, ou o roncar do motor do velho Chevrolet...
O vento frio passa impávido por eles... Por mim, ainda menino, por mim homem já feito... A relembrar os medos de outrora... E a renegar os medos do presente...
Ao vento frio que sopra, pelas frestas das janelas e pela folhagem da amendoeira...
O mesmo vento frio que me traz lembranças da infância...
O mesmo ventro frio que me faz pensar no futuro...
E afastar do pensamento os medos de outrora
E apesar disso, o vento frio sempre soprará nessa mesma época do ano... Independente de eu ser um menino assustado ou um adulto comedido...
O vento frio soprará e soprará até que o último ser humano deixe o planeta...
E continuará soprando, até que não exista mais inverno
Ou que tudo se transforme num deserto quente e árido,
Ou que retornemos à Era Glacial.
O vento frio soprará absoluto, enquanto meus medos de menino continuarem a permear os pensamentos deste adulto...


Beijos e abraços enfeitiçados.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

IDAS E VINDAS...



Pessoas são como estações, que passam por nós, deixando marcas indeléveis... Amigos, parentes, amores, inimigos... Todos passam e passarão quantas vezes for preciso, e se repetem na parada seguinte, se repetem... Continuamente. Nessa passagem hora somos passageiros, hora somos passantes. Trocamos de condução e de destino, num repente, nesse ir e vir insólito. Repetidas vezes, algumas dessas doloridas e dolorosas, como parte de nossa escalada nesse mundo. E pessoas vem e pessoas vão, algumas retornam, outras nunca mais retornarão. Algumas porque somem mundo afora, outras porque Oxalá chamou... Mas seguimos encontrando e desencontrando pessoas, do nada e num de repente, encontramos amigos ou amigas de infância que nem imaginávamos reencontrar um dia, perdidos amores, paixões mal resolvidas... Que se repetem como o passar das estações... E se repetem os sonhos, ou simplesmente esses sonhos se evaporam, dando lugar a outros sonhos, ilusões e até mesmo desilusões... E seguimos nessa jornada meio que sem rumo, ou sem saber onde realmente irá nos levar, mas seguimos pelo impulso que a vida nos dá, passando e repassando por pessoas, por rostos, sorrisos, algumas lágrimas... Por beijos, abraços, cheiros, gostos, vontades que jamais realizamos... E seguimos essa jornada... Encontrando, reencontrando e desencontrando com as pessoas e seus rostos, claros ou turvos em nossa memória.

Tudo isso que disse remete à saudade, da qual outro dia falei... Mas falo agora das pessoas que vão e que vem em nossas vidas, ou daquelas que vão e nunca mais retornam, deixando em nosso peito esse estranho vazio...

* * *

Por falar de pessoas que vão, não posso esquecer de falar da passagem do grande músico e multiinstrumentista PAULO MOURA, que partiu para o andar de cima levando com ele toda sua virtuose, seu talento e amor pela música. Um artista que popularizou o clássico e enobreceu a MPB. Ele era aquele caso da pessoa e o instrumento serem um só. Da música e o homem se completarem. Partiu, mas deixou para nós um maravilhoso legado. Que Deus o abençoe Mestre PAULO MOURA.



Beijos e abraços enfeitiçados.

domingo, 11 de julho de 2010

UM OLHAR SOBRE O TEMPO...


Quem é esse que a tudo e todos domina? Regula os segundos, minutos, horas, dias, meses, anos e séculos... O dia e a noite... E estamos sempre à mercê de seus caprichos e imposições, por que o tempo não nos dá tempo, não nos dá o tempo que queremos, mas sim o tempo que precisamos. Ele no fundo sabe que se fizermos tudo certo, ele até sobrará, o tempo. Mas consciente ou inconscientemente travamos uma batalha absurda contra o tempo, teimamos e cismamos em disputar com ele, ao invés de nos aliarmos a ele. E ele parece se divertir com isso, deixando que fiquemos loucos a correr contra um tempo que não pára, que ao darmos um passo, ele já deu dez à nossa frente. Mas insistimos em correr contra ele, como se em algum momento pudessemos passá-lo, ou até mesmo pará-lo ou quem sabe transformá-lo ao nosso gosto e prazer. Mas ele segue absoluto... Não cede em um momento sequer, um instante sequer. O tempo... Que move o mundo, os habitantes desse mundo, e dos mundos afins.
O tempo... Que nos acompanha desde a concepção à velhice, passo a passo, sem pressa, com seu compasso marcado, numa simetria e uma "paciência" que só tempo tem.
O tempo é um sábio, conhece o passado, nos apresenta o presente e nos revela o futuro... Mexe com nossas lembranças... com nossos sonhos e aspirações...
O tempo passa... Com ele pessoas, pensamentos, palavras, modas, lugares, paixões... Coisas que vão e que vem, nesse misterioso e fantástico balé do tempo...

O tempo nos dá o tempo que o tempo quer...


Beijos e abraços enfeitiçados.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CORAÇÃO, O NOSSO MULTIFUNCIONAL...

Porque será que confundimos nosso coração com sentimentos fortuitos? Sem sabermos ao certo o tom, a batida, o pulsar correto desse sentir? O coração é uma válvula que além da função de bombear sangue para todo nosso corpo, reflete direta ou indiretamente tudo que sentimos, nossas mais primitivas emoções. Então maltratamos nosso fiel amigo, o coração, com sentimentos errados, ou diria equivocados? Falar de amor ou que se ama alguém é forte, como dizer que se odeia alguém. Mas é difícil controlar isso, saber a medida certa do que sentimos, pois o mesmo coração que entrega nossos sentimentos, é o coração que nos trai, quando dispara célere por razão de uma emoção fugidia, que não sabemos explicar se é amor ou paixão. Ou se nada mais é do que uma nova conquista ou descoberta. Complicado para nossa mente e quiçá para o nosso velho coração distinguir tantos sentimentos e sensações. Sobrecarregamos o pobre coitado com tantas e tantas ações e reações distintas, que ele próprio já não sabe quando bater ou quando disparar. Mas nós seres humanos insistimos em confundir nosso amigo e quase esquecemos que ele é uma multifuncional e que trazemos no peito dois corações... Um que, como disse, bombeia o sangue pelas veias e o outro que bomba e bombardeia as emoções. Ou como disse aquela canção cantada por Dori Caymmmi: "Trago em mim, dois corações, um que é do mar, e um das paixões..."

Então me pergunto, será o coração a cidadela perfeita para se guardar tantos sentimentos? Claro que não, pois vira e mexe, sobrecarregado de tantas tarefas, ele mostra todo seu cansaço nos assustando com uma súbita parada, que chamamos de infarto. Mas o coração é até forte demais, pois suporta tantas pressões até seu último suspiro.

Mas a paixão o renova, o amor o eterniza, e fortalece mais e mais esse nosso multifuncional. Que bate alegre e esfuziante, a cada nova descoberta desse amor, ou dessa paixão. E quando se consuma todo esse sentir, o coração se tranquiliza, e bate no compasso sutil da vida, não daquela rotina monótona e enfadonha, mas do dia a dia quando acordamos alegres com os primeiros raios do sol, nos emocionamos com o entardecer e deitamos seremos em busca do sono restaurador...
É preciso sentir o pulsar hora compassado, hora descompassado do coração... Pois é a vida em seu todo a fluir por dentro de nós ao ritmo louco das emoções, dos sentimentos, das paixões e dos amores...
Nada sutil esse nosso amigo coração... Pois sempre encontra um meio de aparecer dentro de nós, com suas múltiplas manifestações desse nosso multifuncional.


Beijos e abraços enfeitiçados no coração.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

ENSAIO SOBRE A SOLIDÃO

A solidão...
Um vulto cinzento no canto da sala... Que me olha e tenta me abraçar... Me esquivo. Só me aproximo dela quando quero ou quando preciso... Quando é realmente necessário, não algo absoluto, não como forma de vida... A solidão normalmente está associada à noite. Ledo engano, ela pode estar ao amanhecer ou na hora do almoço... Ela é e será sempre a solidão. Dona do silêncio absoluto, mesmo em meio a trinotoar de buzinas e motores de carros. Ela é fria, distante, apesar de tão presente... E suspira o tempo todo. Sibila ao vento palavras desconexas, assobiando o vento entre as frestas da janela... Escorre na lágrima cristalina que desce pela face... Nos lábios secos da boca sem palavras... No olhar vago, quase vazio, daquele que busca algo ou alguém que ele nem sabe oque ou quem seja... Nos passos que ecoam por uma calçada na madrugada... No cão que late ao longe... Na luz perdida de uma janela distante... Na fria lua que ilumina a rua... Na própria rua vazia, sem os gritos das crianças...
A solidão não está, ela é...
Quantos não caminham pela multidão tão solitários como se multidão não houvesse?...
E outros presos a leitos de hospitais à espera de um milagre...
Aqueles em cárceres pagando suas penas, que solidão eles sentem?
A solidão tem seus feitios, seus moldes, que se encaixam a cada situação, a cada pessoa.
Mas como alguém já disse, não viemos a esse mundo para sermos sozinhos... Que a solidão dentro ou fora de cada um, seja apenas um meio, e não um modo de ser e viver. Que a solidão seja apenas um hiato para a inspiração do artista, um momento passageiro para darmos importância a quem nos considera, um intervalo entre a saída e a chegada de um novo amor... Ou simplesmente aquele ou aquela que preferem assim estar, assim viver... Sem amarras, numa pseudo liberdade, presos à própria solidão.
Alguns dizem antes só que mal acompanhado
Eu diria, antes muito bem acompanhado do que só.
Que a solidão seja apenas um momento, não um "modus vivendi"

Beijos e abraços enfeitiçados.

CRIME E CASTIGO

Tenho visto na imprensa em geral a onda de homicídios que assola o país. Crimes tão sem sentido, cruéis e sem limites! A moça, em São Paulo, que foi jogada dentro do carro num lago ou algo parecido; o goleiro do Flamengo que é suspeito de sequestro e do posterior assassinato de uma amante, ou algo que seja. Tudo parece tão normal, tão comum, e ao mesmo tempo tão sem nexo, tão surreal.
E a sociedade se pergunta: Porque esse crimes acontecem? Oque leva essas pessoas a cometerem essas insanidades? Será o fim dos tempos?
Acredito que seja o início de uma era sombria... Que para se tornar algo com luz, vai depender integralmente dos nossos filhos e netos, que hão de ter a capacidade extrema de serem mais justos, mais honestos, melhores do que temos sido. Que carga pesada essa! Que herança maldita deixaremos para nossos herdeiros... Mas alguém há de assumir As rédeas desse mundo e de algum modo recolocá-lo em seu caminho, ou num novo caminho, de justiça, de lisura, de liberdade, de amor entre as pessoas... Afeto, consideração e respeito!
Hoje não nos respeitamos, e tratamos o semelhante como um trapo, como algo sem valor... E não pode ser assim, não deveria ser assim.´
Nós seres humanos nos tornamos desumanos num piscar de olhos e não conseguimos medir nossos atos, nossos impulsos e deixamos aflorar um lado maligno, demoníaco e cruel.
Mas a justiça está no ar.
Não a dos tribunais, mas a justiça da vida, de Deus ou dos deuses.
Cabe a nós ensinarmos o melhor aos nossos filhos, e aos filhos desses, para que o mundo fique melhor, mais humano, mais sensível, mais em paz...
Mas enquanto os crimes acontecem, em seu vácuo vem o castigo! Não aquele dos tribunais de promotores, advogados e juízes, mas o castigo da própria vida, pois como já é sabido: "AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA".
A base de tudo é a educação, fundamentada pelo respeito, pela ordem, pelas leis e por uma palavra que apesar de parecer desgastada é fundamental em nossas vidas, o AMOR.

Saibamos que para todo crime há de se ter seu equivalente num castigo!

Beijos e abraços enfeitiçados.

terça-feira, 6 de julho de 2010

O ACASO

Quando ouvimos falar que uma certa situação é obra do acaso, ficamos a pensar, que força é essa que de uma hora para a outra pode mudar uma situação, um acontecimento... Mas também ouvimos dizer que o acaso não existe, que tudo tem sua razão e modo de ser e acontecer.
Sou mais quedado a segunda afirmação, de que o acaso nada mais é do que o fruto de vários acontecimentos em sequência, que geram aquilo que nos parece casual. O homem que sai de casa no mesmo dia e hora, que uma mulher, e ambos tem na mente , um dia encontrar alguém, um amor, e aí se esbarram numa esquina, ou se encontram num elevador, numa fila de banco. Trocam olhares, se falam, trocam telefones e um dia combinam se encontrar e terminam por namorar etc, etc. Assim nessa sucessão de atos e acontecimentos que nasce o dito acaso. Deus não criou o mundo e a vida neste mundo de uma casualidade, o resto fica por conta da própria sequência ou consequências... E do cruzamento de histórias e vidas... Junto com as vontades, necessidades e oportunidades que surgem.
Não acredito no acaso... Mas ele no fundo existe, não de forma tão abstrata, quase surreal, não, ele existe vigoroso, forte, poderoso, conjuminado de todos os atos dessa ópera chamada vida.
Portanto não estamos nessa vida por acaso e nada acontece por acaso, mas o acaso ajuda com que aconteçam. De alguma forma há uma simetria, um caminho estabelecido, claro que o Livre Arbítrio nos permite mudar o curso, alterar a rota, mas sem percebermos o caminho continua inalterado, sendo mão e contramão. O acaso.
Portando o acaso não acontece por acaso...
Pensem nisso.

Beijos e abraços enfeitiçados.

domingo, 4 de julho de 2010

SAUDADE...

Saudade.
Uma palavra tão poderosa que não encontra similar em outra língua, só na nossa língua portuguesa. Uma palavra que é o sentimento tão forte que se equipara ao do amor... E ambos andam lado a lado numa sintonia assustadora!
Saudade.
Quem nunca sentiu, sente ou sentirá saudade de alguém, de um lugar, de alguma coisa... Quem?
Sentimos saudades de uma canção que nos lembra alguém, ou de um lugar que lembra uma situação, saudade puxa saudade...
Saudade dói, saudade acelera o coração, saudade deixa a gente lânguidamente apaixonado, a desfiar recordações...
Tem a lágrima de saudade, tem o sorriso da saudade, tem o pensamento perdido pela saudade...
E chegamos a sentir saudade da própria saudade.
Tem os saudosistas, que vivem a relembrar de acontecimentos que marcaram, específicos e especiais...
Sentimos até saudade de algo que ainda não aconteceu... Uma saudade do futuro... Como uma espera, uma expectativa do que está por vir...
Mas a saudade que mais aperta é do amor não consumado... Daquele amor que passou como um raio por nossas vidas... Deixando marcas, desejos, sonhos perdidos... E tantas coisas a se realizar... Saudade.
Saudade dos meus pais que se foram...
De um amigo, que não morreu, mas não foi tão amigo quanto eu pensava que fosse...
Saudade de um sorriso perdido
Saudade daquele olhar
Saudade da turma do ginásio
Saudade de trocar as fraldas da minha filha...
Saudade daquele beijo roubado...
Saudade do toque daquela mão...
Do calor daquele corpo...
Saudade daquele alguém.
Tantos modos e maneiras tem a saudade...
Saudade que vem e aperta meu peito.
Saudade do sorriso generoso de minha mãe
Saudade da postura arredia de meu pai...
Saudade do menino que fui...
Da infância que vivi
Do amor que jamais senti.
Simplesmente sentir a saudade... Sem ter nem porque...
Apenas sentir...
Apenas viver
Uma saudade.

sábado, 3 de julho de 2010

ADIOS HERMANOS

E a Argentina se foi...
Com seu técnico barbudo Maradona
Com seus jogadores cabeludos
Com seus gestos rasgados
Falastrões...
E a Argentina se foi...
Confesso achei graça...
Mas qual brasileiro não acharia graça
Diante de tamanha desgraça... Argentina
Foram-se com eles, as entrevistas cheias de estrelismo
Onde se falava de tudo, da seleção brasileira, do Pelé
Mas menos da Argentina...
Aliás seria mesmo Maradona o técnico
Ou apenas uma espécie de rainha da Inglaterra... Um relações públicas
Usando a sua imagem famosa para divulgar sua seleção...
A Argentina se foi... Como o Brasil se foi ontem... 2 x 0 para os europeus
Mandaram embora duas grandes seleções sulamericanas...
Pelo menos o Maradona não vai poder cumprir a promessa de ficar nu, caso a Argentina ganhasse a Copa.
Afinal ninguém merece essa visão do inferno... rs
A Argentina se foi...
Mas uma coisa me tocou e deve ter tocados à todos que a observaram
Ao final do jogo, Maradona fez questão de cumprimentar um a um seus derrotados jogadores...
Coisa que o Sr. Dunga, não fez, saindo às pressas para o vestiário.
Ele deve saber que a seleção de um país, é como um barco, que ao naufragar, o último a sair deve ser o técnico, como qualquer capitão
Ele saiu do barco, deixando que seus "marujos" morressem afogados entre lágrimas e suspiros sufocados...
Uma pena...
A Argentina se foi... Mas restou a dignidade...
O Brasil se foi... E nada restou.

Beijos e abraços enfeitiçados.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

ESTAMOS FORA! MAIS UMA VEZ...

Posso estar redondamente enganado, mas desta vez a coisa me pareceu diferente das outras. Talvez porque a maioria não quisesse essa seleção, ou talvez porque a maioria não quisesse esse técnico, mas alguma coisa me pareceu diferente. Claro que sentimos, porque apesar dos pesares todos queríamos que a seleção brasileira de futebol chegasse pelo menos à final, mas mais uma vez ficamos no meio do caminho... Não é que seja bom, mas se formos olhar por outros angulos, tudo estava errado, desde o Dunga como técnico até sua escabrosa escalação, com jogadores de média expressão e sem alternativa no banco de reservas, mas oque me intriga e chama a atenção é oque estava acontecendo nos subterrâneos da concentração da seleção brasileira de futebol. Porque tantos mistérios e segredos ao ponto de nada poder ser mostrado pelas teves e jornais de todo país. E porque essa censura aos jogadores que não podiam de forma alguma falar com a imprensa? Nunca vi uma seleção tão cercada de salamaleques, de censuras, de segredos, de mistérios, como se isso fosse ser decisivo para a vitória de nossa seleção. Ah, uma coisa que lembrei, a seleção É NOSSA! Apesar do Sr. Anão, achar que era dele, não dando a mínima para os sentimentos de mais de 190 milhões de torcedores... Mas foi bom gente, se a seleção chega à final e ganha, seria a vitória do erro, da impostura, da arrogância, do desmando e de uma ditadura estúpida e sem medidas. Deus sabe oque faz, não é assim que dizem... Por falar em Deus um pequeno comentário... Não se deve misturar atividades esportivas, culturais ou profissionais com religião isso nunca deu e jamais dará certo, cada um deve ter a liberdade para acreditar, seguir, louvar, orar, rezar pelo que acredita. Qualquer coisa diferente disso é impostura! Um ditado rápido pra terminar... " Se Deus criou o futebol, o Diabo inventou a bola..."

Beijos e abraços enfeitiçados!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

UMA PEQUENA DOSE DE MÁRIO QUINTANA...

Hoje estava lendo um livro que comprei no 12º Salão da Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil, que foi realizada no Galpão da Ação da Cidadania, de 8 a 19 Junho, deste ano. Um salão muito simpático como sempre, com livros bons a preços acessíveis. Levei minha filha Lu, porque ela como eu adora livros. Alguns escritores famosos estiveram por lá, entre eles o Ziraldo. Mas como disse estava lendo um pocket book, que comprei num estande, chamado "Quintana de Bolso", com uma bela coletânea de poemas e poesias do fantástico escritor Mário Quintana, a quem amo de paixão, por seu modo ácido e sarcástico de escrever. Por suas rimas ricas e pela simetria de suas palavras. Entre tantos escritos um chamou minha atenção, um pequeno poema, que mostra bem o jeito único de escrever desse consagrado escritor. Espero que gostem.

"O Velho do Espelho"

Por acaso, surpreendo-me no espelho: quem é esse
Que me olha e é tão mais velho do que eu?
Porém seu rosto... é cada vez menos estranho...
Meu Deus, meu Deus... Parece
Meu velho pai - que já morreu!
Como pude ficarmos assim?
Nosso olhar - duro - interroga:
"Oque fizeste de mim?!"
Eu, Pai?! Tu é que me invadiste,
Lentamente, ruga a ruga... Que importa? Eu sou, ainda,
Aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra.
Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra! -
Vi sorrir, nesses cansados olhos, um orgulho triste...

Este é Mário Quintana... Beijos e abraços enfeitiçados!