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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

NÃO ACREDITO NAQUELES...

 
Não acredito naqueles que amam até o fim
Mas sim nos que amam até o começo
Porque o amor sempre recomeça dentro desse mesmo amor
Todo amor verdadeiro se recomeça, se refaz, se transforma
Gratinando as dores, reimplantado as flores
Mudando de cor...

Não acredito naqueles que amam impunimente
Todo amor pune quem ama e quem é amado
Desde as dores de um prazer dilacerante e forte
Inevitável de se sentir, de tão poderoso que se faz
Com suas garras a cortar a carne tenra do sentimento
Num jogo de vida e de morte...

Não acredito naqueles que amam como loucos
Pois o amar em si já é viver na loucura
E como andar sem rumo ou direção
Um doido sentimento que nos domina
Cada passo, compasso e descompasso
Descompassando qualquer coração...

Não acredito naqueles que amam e não se amam
O amor não sobrevive sem a si próprio sentir
Tem que ser vivido a flor da pele assim
Ser espelhado no ser amado, seu próprio reflexo
Mas sem abrir mão de cuidar de seu coração
Para que a essência do amor nunca chegue ao fim...


Beijos e abraços enfeitiçados

terça-feira, 20 de agosto de 2013

VERSOS PERVERSOS...

Faço versos perversos
Como quem se queixa
Quem se deixa
Levar...
Nos dotes da gueixa
No caldo da ameixa
Que encobre
O manjar...
 
Faço versos perversos
Transversos
Avessos
Como quem quer se mandar
Pra além deste universo
Transversos...
Travessos
Os pudores remesso
Pra outro lugar...
 
Faço versos perversos
Como quem só sexo almeja
E num corpo quente e nu deseja
Louco por inteiro mergulhar
Ponho em versos meus anseios
Querendo me afogar entre seios
Dos pelos púbicos entre meios
Do prazer pleno alcançar...
 
Faço versos perversos
Pervertidos
Sentidos, fingidos
Como quem tudo e nada quer
Maldosamente
Inconsequente
Errado... Errante... Delinquente
Mais por insanidade do que por prazer...
 
 
Beijos e abraços enfeitiçados.