Não acredito naqueles que amam até o fim
Mas sim nos que amam até o começo
Porque o amor sempre recomeça dentro desse mesmo amor
Todo amor verdadeiro se recomeça, se refaz, se transforma
Gratinando as dores, reimplantado as flores
Mudando de cor...
Não acredito naqueles que amam impunimente
Todo amor pune quem ama e quem é amado
Desde as dores de um prazer dilacerante e forte
Inevitável de se sentir, de tão poderoso que se faz
Com suas garras a cortar a carne tenra do sentimento
Num jogo de vida e de morte...
Não acredito naqueles que amam como loucos
Pois o amar em si já é viver na loucura
E como andar sem rumo ou direção
Um doido sentimento que nos domina
Cada passo, compasso e descompasso
Descompassando qualquer coração...
Não acredito naqueles que amam e não se amam
O amor não sobrevive sem a si próprio sentir
Tem que ser vivido a flor da pele assim
Ser espelhado no ser amado, seu próprio reflexo
Mas sem abrir mão de cuidar de seu coração
Para que a essência do amor nunca chegue ao fim...
Beijos e abraços enfeitiçados
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