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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

BORBOLETA THAIS...

Dança ao vento
Sutil
Em seu livre movimento
Frenético, febril

Suas translúcidas asas
Como um colorido papel
Nos jardins de tantas casas
Contrastando com o céu

E vem ela bamboleando
Sob esse Sol quase primaveril
Vem tão delicada dançando

Tão viva, independente e pueril
Vem voando pra mim, vem me fazer mais feliz
Essa linda borboleta, a quem chamo Thais...


João Carlos L.





domingo, 28 de agosto de 2016

ASAS...


Dia a dia tenho deixado minhas asas crescerem...
Não sou como alguns que têm medo de voar
Mesmo não sabendo exatamente para onde ir
Mas no fundo eu sei...
Minhas asas normalmente crescem a noite
Quando relaxo os músculos e a mente
Posso ouvir no silêncio da madrugada
O crepitar de seu crescimento...
Espero que sejam asas grandes
Grandes o suficiente para o voo que pretendo e preciso dar.
Há tempos sonho em meus voos noturnos, soturnos
Por sobre os telhados e prédios do bairro onde moro...
Por sobre o Corcovado, o Pão de Açúcar, a Guanabara
O Museu do Amanhã...
Singro por ares que jamais voei, em sonhos
Por entre nuvens brancas e cálidas
Por entre desejos sutis e ardentes
Por entre as palavras
Palavras que nutrem meu coração e espírito...
Voar...
Ato único e poderoso de liberdade
Por isso cultivo minhas asas
Asas negras como eu.
Que crescem mais depressa na lua cheia
Que crescem enquanto durmo e sonho
Que crescem enquanto diminuo dentro de mim
O apego e interesse por coisas sem sentido
Ou o sentimento por pessoas que fingem sentir.

Cultivo asas negras e noturnas
Como as de um gigantesco corvo
Ou como uma enorme coruja
Em seu voo predador.
Sou predador das distâncias e limites
Da ignorância patética e do desamor
Sou um viajante de asas negras...
Asas que só eu vejo crescer
Que cuido em silêncio e com capricho
Para numa noite dessas voar
Ou quiçá sob a luz do sol crepuscular
Alçar um voo plástico, alto e pra longe
E assim encontrar outras asas que também queiram voar
Para bem longe da apática mesmice
Dos sentimentos frouxos e sem sentido...


João C. Lima

sábado, 27 de agosto de 2016

É AMOR...

É assim...
Sempre é assim
Quando a vejo na rua
Seus cabelos ao vento
Quando ela me toca
Com sua mão úmida e nua
Em meu peito ondas provoca
Numa explosão única de sentimento...

É assim...
Sempre é assim
Quando ela chega e beija
Brejeiramente minha face
Mexendo com todo meu sentir
Deste cara que silencioso a deseja
Deixa cair sem querer o disfarce
E vejo minha pueril rigidez ruir...

É assim...
Sempre é assim
Quando ela me diz seus sonhos
E me sinto inebriar por sua voz
Seus lábios a se mexerem observo
Mas só a timidez a ela proponho
Na união desses corações tão sóis
Calado diante desse amor sou servo...

É assim
Sempre é assim
Quando vou ao encontro dela
Penso tantas coisas lhe dizer
Mas diante dela só sei sorrir
Ela que invade meu viver, a bela
E revira pelo avesso meu ser
Revelando do meu amor todo sentir...


João Carlos L.