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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PASSOS SOLITÁRIOS...



Aqui estou de novo nessa mesma estrada...
Onde sou tão pouco, quase nada...
Diante da grandeza de um suposto deus.
E cada passo que dou, mesmo aparentemente sozinho
Sei que alguém invisível zela por meu caminho
Como se meus passos fossem os seus...

Lágrimas ainda embaçam minha visão
E essa dor lancinante a apertar meu coração
Suponho até que posso agora morrer...
No entanto, a essa dor sobrevivo
E mesmo das coisas da vida que me privo
Recomeço o jogo para não ter que perder...

Nem sempre são firmes minhas passadas
Já de tantas agruras dessa vida, desgastadas
Sem saber exatamente para onde devo ir...
E se agora me sinto assim tolo e tolido
Como que um cego num mundo perdido
Sei que mais a frente voltarei a sorrir...

Pois os passos que dou, quase sempre solitário
É como se eu escrevesse um suado diário
Contando os ganhos e perdas que tive vida afora
E tantas almas pela minha alma passaram
E cada uma, ao seu jeito, um pedaço de mim, levaram
Que por elas minha alma até hoje chora...

Sempre é melancólico o âmago de todo poeta
Que em seus versos, impossíveis  paixões arquiteta
Num louco afã de um dia ser feliz...
Mas a felicidade é uma dramática e inusitada peça
Onde minha ilusão romântica trôpega, tropeça
E a solitária brisa da madrugada, num sopro tudo me diz...



Beijos e abraços enfeitiçados.