É noite esplêndida de verão
Quando evaporamos sob um calor sepulcral
E vem a Lua assim iluminar a solidão
Deste poeta tão anárquico quanto imoral...
A Lua emerge entre nuvens na imensidão
Tornando meu padecer tão banal
Enternece as dolorosas batidas do meu coração
E ilumina minha vida assim visceral...
Tão redonda e leitosa é a Lua
Sobre a cidade que chora enquanto ri
Vem e clareia minha alma negra e nua
Recordando as trôpegas paixões que senti
Emergente no céu a Lua amarela flutua
Pra iluminar os amores que só em sonhos vivi...
João C. Lima.