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segunda-feira, 30 de julho de 2012

TODO AMOR DÓI...



Todo amor dói...
Na intensidade insana do seu sentir
É como uma velha e corroída engrenagem
Ou um castelo de cartas no vento a ruir...

Todo amor dói...
No seu jeito incontrolável de estar e de ser
Quando em seu afã se atira sem pensar
No vulcão poderoso que inflama todo prazer...

Todo amor dói...
E quando assim se faz dilacera vivo no peito
Arrancando das entranhas, faz até calar a voz
Se tingindo em mil cores, como se fosse perfeito...

Todo amor dói...
Quanto mais o sentimos, maior é a dor
E qualquer pensamento revira o coração
Faz até o sangue nas veias mudar de cor...

Todo amor dói...
É assim que ele por inteiro se manifesta
Mesmo no auge da alegria mais contagiante
Seu tom obscuro ao sentir ele empresta...

Todo amor dói...
Na mistura dos corpos, no ardor do contato
Entre pernas e braços, e beijos mais ardentes
A consumirem-se no sexo no fervor desse ato...

Todo amor dói...
Sempre dói, o amor, seja ele na dose que for
E quanto mais dói, mais fascinante se torna
Pois só quem ama ou amou, conhece a dor que é viver um amor...








Beijos e abraços enfeitiçados.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

NO CALOR DESSE FRIO...


Diferente é quando faz frio aqui no Rio de Janeiro, carioca não está acostumado com baixas temperaturas
Mas curte ao seu modo essa estação... Alguns dizem que nos vestimos melhor,
Pois tiramos dos armários os velhos casacões com cheiro de naftalina...
As mulheres tem a chance de exibir aquelas botas que compraram no ano passado
Ou os inúmeros e coloridos cachecóis, casaquinhos e gorros
Realmente nos vestimos melhor nessa época
Deixamos de ser quase que uns primitivos, seminus, para europeus de primeira hora.

Mas como disse lá no começo, é diferente sentir frio aqui no Rio...
Parece ser mais gostoso, sei lá, mais atraente, por causa das possibilidades tantas
Que criamos em nossas mentes...
São caldos e sopas quentes de todos os tipos
Chocolates, chás e cafés
Fondues... diversos...
Além dos vinhos, que aquecem o corpo e a libido.
E faz dobrar nossa imaginação e os afãs nela contidos...
Produzimos ondas de calor só com a força do pensamento.

É assim, sentir frio, no Rio de Janeiro, as pessoas se aproximam mais
Se aconchegam e se aninham, de forma a aquecer corpos e mentes
Desejos e sentidos, num único ato, soberbo e soberano...
E quando vem a chuva fina, molhando ruas silenciosas
Vazias ruas dessa cidade maravilha...
Quando a bruma vem e cobre o Cristo, o Pão de Açúcar...
Quando a Ponte Rio-Niterói e a Baía da Guanabara, parecem ter sido apagadas da paisagem...
E a escuridão que fica, mantém acesas as luzes dos postes... das casas
Na intenção de espantar a escuridão e o frio.

Frio na cidade mutante, que cresce e encolhe a proporção dos acontecimentos
Na paisagem e monumentos molhados... Na friagem soprada pelo vento crepuscular...
Nas praias desertas, com suas areias cobertas de frio, da espuma fria do mar...
E as pessoas agasalhadas, embutidas em suas roupas de frio, com seus guarda-chuvas abertos
Como se fossem catadores das gotículas de chuva que caem e se espalham em fagulhas finas
E a gente caminhando rápido, como que se assim pudessemos fugir do frio
Sonhando quem sabe, com aquela beberagem quente...
Ou com aquele cobertor ou edredon grosso e aquecedor
Ou quem sabe com o corpo sadio e ardente da pessoa amada, sob os edredons...

Sabendo que a cidade maravilha, hoje fria, sem perder sua majestade
Aguarda ansiosa, tanto quanto nós, pelos raios quentes do Sol
Mas enquanto isso não acontece, vamos nos deliciar com o frio que se faz...
Com o inverno que em em nós e em tudo está
Buscando aquecer o corpo, a alma e o coração
Com bebidas quentes, sopas, caldos, vinhos...
Ou com a pessoa amada, sob as dobras do endredon
No intenso calor desse frio...








Beijos e abraços enfeitiçados.

domingo, 15 de julho de 2012

ZONAS ERÓGENAS...


A cada toque descobrimos em nossos corpos algo mais
Em cada pedaço de nossa tez, no calor intenso de nossa pele nua
Seja com as pontas de nossos dedos tensos e ágeis quase voraz
Enquanto na intenção desse prazer a gente quase que flutua...

São tão chamejantes e ardentes esses nossos desejos
Que exalam de nossos corpos como que em fagulhas loucas
Vindo a se traduzirem na troca alucinada de tantos beijos
Como se quisessemos devorar nossas próprias bocas...

E dos nossos poros brotam incadescentes gotículas de suor
Que se misturam como um soro nesse nosso doce veneno
Enquanto nossas peles trocam da melanina  a cor
Encharcamos a cama com o orvalho desse nosso sereno...

São mãos que com mãos se procuram, se pegam e se cruzam
Numa busca incessante sem sabermos onde vamos parar...
E nossos instintos mais selvagens por inteiro se abusam
Na voracidade desse nosso louco ato de amar...

E cada pedaço de nossos corpos exploramos com fome feroz
Com a certeza de quem tudo tem e desse tudo pode e quer
Nos excitamos com o sussurro uníssuno de nossa voz
No contato dos mamilos, nesse misto de homem e mulher...

Se nos entregamos nessa tarde assim tão lancinantes
Onde mais e mais buscamos um no outro descobrir
Essa poderosa energia que traduz o que são os amantes
E nos faz um para o outro além do que somos existir...

São lábios, bocas e línguas, mistura de corpos nesse quarto
Nos seduzimos a todo toque, sem limites desse sentir
Nos descobrimos e redescobrirmos a cada novo ato
Sem temermos da vida o que ainda está por vir...

A cada toque descobrimos em nossos corpos esse tudo...
Em cada pedaço de nossa tez, no calor intenso, meu sexo no seu
Nas zonas que emitem ondas de choque de prazer quase absurdo
Quando se encontram nesse momento, seu corpo e o meu...




Beijos e abraços enfeitiçados