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quinta-feira, 19 de julho de 2012

NO CALOR DESSE FRIO...


Diferente é quando faz frio aqui no Rio de Janeiro, carioca não está acostumado com baixas temperaturas
Mas curte ao seu modo essa estação... Alguns dizem que nos vestimos melhor,
Pois tiramos dos armários os velhos casacões com cheiro de naftalina...
As mulheres tem a chance de exibir aquelas botas que compraram no ano passado
Ou os inúmeros e coloridos cachecóis, casaquinhos e gorros
Realmente nos vestimos melhor nessa época
Deixamos de ser quase que uns primitivos, seminus, para europeus de primeira hora.

Mas como disse lá no começo, é diferente sentir frio aqui no Rio...
Parece ser mais gostoso, sei lá, mais atraente, por causa das possibilidades tantas
Que criamos em nossas mentes...
São caldos e sopas quentes de todos os tipos
Chocolates, chás e cafés
Fondues... diversos...
Além dos vinhos, que aquecem o corpo e a libido.
E faz dobrar nossa imaginação e os afãs nela contidos...
Produzimos ondas de calor só com a força do pensamento.

É assim, sentir frio, no Rio de Janeiro, as pessoas se aproximam mais
Se aconchegam e se aninham, de forma a aquecer corpos e mentes
Desejos e sentidos, num único ato, soberbo e soberano...
E quando vem a chuva fina, molhando ruas silenciosas
Vazias ruas dessa cidade maravilha...
Quando a bruma vem e cobre o Cristo, o Pão de Açúcar...
Quando a Ponte Rio-Niterói e a Baía da Guanabara, parecem ter sido apagadas da paisagem...
E a escuridão que fica, mantém acesas as luzes dos postes... das casas
Na intenção de espantar a escuridão e o frio.

Frio na cidade mutante, que cresce e encolhe a proporção dos acontecimentos
Na paisagem e monumentos molhados... Na friagem soprada pelo vento crepuscular...
Nas praias desertas, com suas areias cobertas de frio, da espuma fria do mar...
E as pessoas agasalhadas, embutidas em suas roupas de frio, com seus guarda-chuvas abertos
Como se fossem catadores das gotículas de chuva que caem e se espalham em fagulhas finas
E a gente caminhando rápido, como que se assim pudessemos fugir do frio
Sonhando quem sabe, com aquela beberagem quente...
Ou com aquele cobertor ou edredon grosso e aquecedor
Ou quem sabe com o corpo sadio e ardente da pessoa amada, sob os edredons...

Sabendo que a cidade maravilha, hoje fria, sem perder sua majestade
Aguarda ansiosa, tanto quanto nós, pelos raios quentes do Sol
Mas enquanto isso não acontece, vamos nos deliciar com o frio que se faz...
Com o inverno que em em nós e em tudo está
Buscando aquecer o corpo, a alma e o coração
Com bebidas quentes, sopas, caldos, vinhos...
Ou com a pessoa amada, sob as dobras do endredon
No intenso calor desse frio...








Beijos e abraços enfeitiçados.

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