Sua silhueta contra a luz branca da Lua
Entre travesseiros amassados e lençóis
Os bicos eretos e róseos dos seus seios
Como a apontar meus devaneios
Feito a luz de mil faróis...
Nua...
Seu corpo delgado que arfante sua
Gotas de prazer sobre tudo que for meu
Sua boca na minha boca, avassaladora
Me faz um refém sob o domínio seu
De forma única e arrebatadora!
Nua...
A explosão do nosso gozo acorda a rua
Nesse embate estrondoso da volúpia nesse quarto
Nossas línguas que se transformam em só uma
Nosso querer de tardios desejos tão farto
Enquanto o cio da noite para a madrugada ruma...
Nua...
Misturamos nossa carne quente e crua
Como se fossemos a descrença e a fé
E sentimos ao redor o ar em ebulição
Instintos primitivos de homem e mulher
Nessa nossa quase perfeita comunhão...
Nua...
Seu corpo pequeno que na cama flutua
Quando atingimos no deleite o cume
Transcendemos o que restou do tempo e do espaço
Alcançamos das estrelas seu vasto lume
Para renascermos entrelaçados num abraço...
João C. Lima.
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