Neste dia em que a manhã ainda não nasceu
E o Sol bobo se escondeu
O desejo me transportou até você
Quando o amor ao chamado respondeu
Uma nova chama no meu coração acendeu
E eu saí pra te encontrar impelido pelo querer.
Nuvens cambaleantes dançam ofuscando o Sol
Enquanto meu pensamento é um distante atol
Longe demais até pra eu me alcançar
Se o frio da noite nos cobrir com seu lençol
Buscaremos a luz do astro-rei num girassol
Ou no calor que emana da nossa troca de olhar...
Esse dia cinzento me causa certa agonia
Eu que tenho andado tão distante da alegria
Quero saber logo quando você vem...
Para que eu possa te dizer tudo que meu peito escondia
Trocar o fosco da tristeza pela clareza da euforia
Afastando todo mal com seu bem.
A manhã passa... A tarde vem... A noite cai
E o brilho do seu olhar do meu não sai
Ou eu que não consigo parar de te ver
Com essa luz que te ilumina onde você vai
E que neste dia nublado me guia e atrai
Pelo imensurável sonho de um dia te ter...
O tempo não pára sob as cinzas desta elegia
O Sol ofuscado dá lugar a uma Lua arredia
E você estende a mão dizendo que quer ser feliz...
Nos olhamos nesta nossa silenciosa simetria
Mesmo sem luar nesta noite ou Sol no outro dia
Nosso encontro há de iluminar todo e qualquer dia gris...
João C. Lima.
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