A luz do Sol matutino penetra solene pela janela
Rompendo o nosso sono e a penumbra deste quarto
Nos lençóis brancos jaz o corpo moreno dela
E no ar que respiramos o cheiro do sexo é farto...
Nos tocamos e espreguiçamos com a indolência dos amantes
Que não querem por um segundo sequer ter se distanciado
E brincamos com o tempo, tão pueris, leves e arfantes
Como se o mundo lá fora, à nossa espera, tivesse parado...
E gargalhamos rolando na cama, esquecemos a pressa desta pululante cidade
Ficamos a olhar um dentro do outro, por instantes, sem medos passados
Sentindo essa energia que preenche nossos corpos, como pura eletricidade...
A nos manter assim ardentes e desse tanto prazer inebriados
Não há tempo para solidão, tristeza, dor ou saudade
Pois quando não nossos corpos, são nossos espíritos conectados...
João C. Lima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário