A aranha a teia tece
Em seu meticuloso
Sobe e desce
Sem medo do vento e do tempo
Vai ela tão delgada
Tecendo a rede delicada
Em seu sutil movimento.
Seu tear fico admirando
No seu paciente trabalho
Seus fios sob o Sol brilhando
Como mágicas vias
Que ela tece com apreço
Sem pressa desde o começo
Ou medo das intempéries dos dias.
Tecendo a trama quase sem fim
Além do tempo ou espaço
Entre as plantas do jardim
Centrada em seu universo
Estica os fios ligando-os com simetria
Borda e reborda com maestria
Como um poeta rebusca seu verso.
Perco a noção do tempo e da hora
Observando-a no jardim bordando
Admirador privilegiado sou dela agora
Tecendo sua rede, nesta cálida manhã
Vai assim em seu tecer ziguezagueando
Enquanto o tempo do tempo vai passando
Eu me extasio olhando a arte da tecelã...
João C. Lima.
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