Depois da chuva que caiu molhando a madrugada
Antes mesmo do Sol soberano sobre a cidade se anunciar
Sigo por essa vazia rua, em minha solitária caminhada
Tentando meus pensamentos soltos novamente reagrupar...
As luzes dos postes vão apagando lentamente ao chegar da alvorada
Caminhando vou ouvindo cada passo que dou pela rua ecoar
Como as maritacas em bando cruzam o céu em sua gritaria desesperada
Vou eu sem rumo ou direção e sem vontade de chegar...
Essa rua de tantas lembranças, de minhas muitas infâncias, talvez
Do jogo de bola, das pipas, dos piques, das meninas, do primeiro beijo
A cada passo que dou, sinto por dentro um passado que não se desfez...
De tempos bons onde a inocência se fazia presente, ignorando o desejo
Caminhando por esses paralelepípedos, volto ao passado outra vez
Entre sonhos perdidos e outros sonhos que ainda almejo...
João C. Lima.
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