Quando menos espero, ela vem por dentro e me abraça
Minhas entranhas, alma e um combalido coração
Sorri num silêncio mórbido que me despedaça
Mas me consola quando choro sozinho na escuridão...
Acompanha meus passos, enquanto o tempo perpassa
Nessa estrada da vida onde amores perdi na desilusão
Com sua lâmina fria, meu peito mortalmente transpassa
E me abandona moribundo, entre o rancor e a paixão...
A dor que carrego é a mesma que há tempos meu destino traça
E nesse caminho ela está como sempre a estender sua mão
Nesse arremedo de amor que sinto e até em sonhos fracassa
Revelando que muito do que vivi não passou de ilusão
E me rendo quando a angústia o limite ultrapassa
Então, vem e me abraça, a solidão...
João C. Lima.
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