Eu que um dia sonhei em ser um farol
Pra iluminar o seu noturno e revolto mar
Mas minha luz mal iluminou do seu coração, o atol
Então resolvi, lentamente, da sua vida me apagar...
Pretensão a minha querer ser na tempestade seu farol
Quando você tem sua própria estrela a te guiar
É como querer iluminar a sombra do próprio Sol
Ou das imensas ondas toda a fúria aplacar...
Hoje sei que não posso com minha presença iluminar
Alguém que criou seu próprio amanhecer e arrebol
Aprendi que nem toda escuridão quer a luz como par
E nem todo corpo precisa de um outro como lençol
Que é impreciso contra a correnteza dos sentimentos nadar
E pra chegar ao porto, nem todo barco precisa de um farol...
João C. Lima.
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