Logo cedo, quando o Sol despertou num céu cor de romã
No exato momento em que displicente, eu bebia
O café na caneca, tão quente, quanto uma febre malsã...
Ela sorriu, e seu sorriso, sempre foi tudo que eu queria
Como se só seu sorriso preenchesse o meu remoto afã
Mesmo acenando ao meu coração com sua tímida alegria
Seus lábios atrevidos tocaram os meus, com sabor de hortelã...
Ela conquistou meu mundo e minha alma que já se desprendia
Pensei que fosse desígno de Deus ou artimanhas de Satã
Essa mulher de tantos segredos que minha solidão abolia...
Vem aquecer meu corpo a noite, com sua presença real e sã
Ao despertar, em nosso abraço, a pura felicidade se irradia
E depois, abusada, em minha caneca, bebe o café da manhã...
João C. Lima.
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