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sábado, 5 de setembro de 2020

DESASSOSSEGO (DECESSO)...

Quero deitar minha cabeça nesse relvado orvalhado e terno
Fechar os olhos e ouvindo a voz da Terra, finalmente descansar
Das atribulações desse anormal mundo real e moderno
De tudo que tem me roubado a paz e o desejo de sonhar...

Que esse último repouso se faça assim sublime e eterno
Quem sabe desse mar de tristezas alguém venha me resgatar
Pra estancar a sangria deste meu ferimento interno
Na iminência desta vida para todo sempre abandonar...

Me sinto muito triste e sozinho, por todo esse tempo tanto 
Mas tardiamente despertei e dessa verdade não desapego
Sequei por dentro de tanto verter o tal vil e turvo pranto

Que ao deitar nesse relvado aos céus sem noção peço arrego
Silenciosamente sinto o decesso me cobrir com o seu escuro manto
Até que o coração pare, libertando minha alma deste desassossego...



João C. Lima.

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