Quero deitar minha cabeça nesse relvado orvalhado e terno
Fechar os olhos e ouvindo a voz da Terra, finalmente descansar
Das atribulações desse anormal mundo real e moderno
De tudo que tem me roubado a paz e o desejo de sonhar...
Que esse último repouso se faça assim sublime e eterno
Quem sabe desse mar de tristezas alguém venha me resgatar
Pra estancar a sangria deste meu ferimento interno
Na iminência desta vida para todo sempre abandonar...
Me sinto muito triste e sozinho, por todo esse tempo tanto
Mas tardiamente despertei e dessa verdade não desapego
Sequei por dentro de tanto verter o tal vil e turvo pranto
Que ao deitar nesse relvado aos céus sem noção peço arrego
Silenciosamente sinto o decesso me cobrir com o seu escuro manto
Até que o coração pare, libertando minha alma deste desassossego...
João C. Lima.
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