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sábado, 12 de setembro de 2020

ÁGUA E AREIA...

Ela caminha solitária
Pela praia
Enquanto o Sol desmaia
Anunciando o fim da tarde.
Nada é ou será como antes
Depois que a vi
De vestido branco, de alças
Descalça
Caminhando pela areia...
Solitária.
Ela que sorri pra si mesma
Brejeira
Deixando meu coração bobo
De novo acelerado
Como há muito tempo não fazia
Não sentia
Ou não sabia ser.
Ainda não sei, talvez nunca venha a saber
O que me reserva essa sua caminhada
Nem seu sorriso
Ou seu jeito de caminhar...
Quando a espuma das ondas
Toca seus pés descalços
Cobrindo-os com água e areia
Ela salta sentido frio nos pés...
Dá uma risada
Me fazendo rir...
Eu nada digo, em palavras
O que meus olhos por si revelam
Mais do que pude entender
Ou esconder...
O vento sopra desalinhando seus cabelos
Levantando seu vestido, de alças
Ela dá risada... Tão menina-mulher
Sem medo da onda de amor 
Que vinda do seu coração
Explode generosamente no meu.

E ela caminha pela areia da praia
Solitária...
Brejeira...
Com seu sorriso
Em seu vestido branco, de alças
E seu desejo a voar feito gaivota
Com seus cabelos em desalinho
Com sua pele coberta de sardas
Com seus olhos de paixão
E caminha...
Deixando marcas por onde passa
Com seus pés descalços
Delgados
Delicados
E cobertos de água e areia...



João C. Lima.

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