Powered By Blogger

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O SOM DO SILÊNCIO...


Madrugada... Paro para ouvir o estranho som, o som do silêncio que lentamente toma conta da rua onde moro...

Nada se faz presente... Alguns câes e gatos e poucos transeunteis que cruzam a mesma rua céleres para suas casas...

Silêncio... Ouço as folhas que caem de alguma árvore e o vento que range nas frestas da janela... Mas o silêncio se faz quando se calam os sons dos aparelhos de tevê ou dos motores dos automóveis pela Linha Amarela... Ou ainda os gritos das crianças brincando na rua, agora vazia...

E a cada hora que passa, aumenta esse silêncio... Entre cortado por sons distantes... Sons que desconheço, desconexos...
Mais uma noite em que a insônia me domina... Há tempos não me deixo levar pelos braços de Morfeu...

Mas o silêncio gradativamente invade o que outrora era barulho, som... Com seu exército invisível de mudos... Faz o silêncio... E com eles espíritos dançam em busca de luz... E homens sem luz dançam por medo.

O silêncio tem suas características... E se faz presente quando eu, aqui em meu quarto busco em minhas orações uma força superior... E encontro essa energia no mais profundo silêncio, tão profundo que posso ler meus próprios pensamentos...

O silêncio tem seu som... Seu próprio som... E nele navega em busca dos ouvidos aguçados e das mentes que buscam o inexplicável, o surreal...

Esse som se torna absoluto, quando deito e durmo... E lá fora a madrugada dá vez ao amanhecer... E o som rompe as nesgas da escuridão, afastando o silêncio e as trevas, atiçando e provocando o som do próprio som, inverso do som do silêncio que se faz presente quando a madrugada vem...








Beijos e abraços enfeitiçados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário